O CORTE E A COSTURA DA VIDA

O CORTE E A COSTURA DA VIDA



            Costurar parece uma tarefa fácil, mas não é. Muitos acham que sabem e se arriscam a costurar de qualquer jeito. Mas para quem entende, sabe que é preciso silêncio, atenção, calma e conhecimento.
            Fazendo um paralelo com as instituições, verificamos que elas representam o retalho, os seres que a compõe a agulha e a linha são os projetos. A tesoura pode representar o orgulho e a vaidade humana, que descaracteriza e descontrói todo projeto do bem ou o bom senso, que sabe cortar o que não é necessário e bom.            Neste contexto, precisamos verificar qual o tipo de retalho queremos que a nossa instituição seja. Queremos que seja um retalho ralo e frágil? Um retalho rasgado e com formas indefinidas? Um retalho da cor escura e ofuscante? Um retalho límpido e brilhante? Pensemos...            Precisamos verificar também que agulha queremos ser? A agulha que pica de forma indefinida? A agulha desnivelada, que costura de forma inconsequente? A agulha que perfura cuidadosamente os laços de união? A agulha cujo orifício é tão pequeno, que a linha dos projetos não consegue entrar? Ou a agulha cujo orifício é tão grande, que permite que qualquer linha de projeto entre na instituição? A agulha que espeta ou a agulha que liga?            E a linha, como costurar sem ela? Que linha estamos escolhendo para a casa? A linha de estruturas confusas ou a linha coerente do mestre Lionês? Misturamos as cores das linhas? Ou trabalhamos com apenas um tipo de linha, forte e de cor pacifica? Que tipo de linha, Chico, Divaldo, Haroldo Dutra, Raul e outros ícones trabalham? Dá para ter dúvida em que tipo de linha usar? Estudamos a fundo a linha mestre que usamos?            E a tesoura, sabemos usá-la? Já viram aquelas pessoas que querem cortar o tecido e ainda não tem a habilidade linear? Ou aquelas que cortam de forma raivosa, despedaçando sem piedade? A tesoura deve ser usada sim, mas de forma responsável, cortando cuidadosamente os excessos. Pois, do contrário, ela pode se transformar em uma arma muito dolorosa.            Amigos, não tenham dúvida que o grande desafio que temos diante da doutrina da razão e do amor é o de sabermos costurar. De sermos nós a agulha da iniciativa, que costura cuidadosamente a união entre os companheiros e as casas. Jesus foi à agulha que melhor costurou o coração da humanidade.Que a nossa instituição, seja o retalho alvo, macio e resistente. Que sejamos nós a agulha cuidadosa. Que o nosso projeto linha seja Kardec. Que a tesoura seja utilizada somente por quem sabe aparar.Jesus há muito tempo nos pede a construção da manta de amor, capaz de acolher nossos irmãos na necessidade e nos despertar para esta era de transitoriedade. Será que não chegou a hora? Até quando vamos esperar? Aprendamos a costurar, para que a luz de Jesus, tenhamos nós a honra de restaurar.Mensagem inspirada na reunião mediúnica do dia 22 de março de 2015

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